quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

well, things have changed for me

Eu tenho um THE amanha sobre a peça, 'Navalha na Carne' de Plinio Marcos. Vou escrever o meu ponto de vista aqui, mas não leve á sério, é apenas um treino,não quer dizer que seja isso que eu vou escrever lá na hora.

Peça: Navalha Na Carne
Personagens: Neusa Sueli (prostituta de 30 ou mais anos, lê-se puta velha)
Vado (rufião, lê-se cafetão)
Veludo (arrumador invertido da pensão,lê-se faxineiro viado da pensão)
Gênero:Drama

A peça se passa toda em um sórdido quarto de hotel de quinta classe, aonde aparentemente vive Neusa Sueli, e Vado (isso se explicita ao decorrer do texto). Em toda a trama, o machismo prevalece,a superioridade do gênero masculino em cima da mulher e até no homossexual é demonstrada com muita clareza e objetividade. Como por exemplo, no começo da peça, quando Neusa Sueli chega de um dia de trabalho e encontra seu homem (como ela a ele se refere na peça) deitado na cama fazendo um escândalo, pois não havia achado o dinheiro de todos os dias, que para ele a única e completa utilidade era apenas comprar erva e jogar sinuca. Dinheiro que por direito seria da prostituta, afinal, o trabalho sujo é ela quem faz.
E quando ele descobre que quem pegou o dinheiro foi Veludo, e que o usou para seu próprio divertimento (lê-se, sexodrogaserock'nroll,literalmente), Vado, com toda a sua hombridade, se achou no direito não apenas de surrar 'arrumador invertido' como também brincar com a cabeça do tal.
Um exemplo também mostrado na peça, foi como essa superioridade mexe com a mente de uma mulher, como ela se torna escrava, de ser submetida á escrava dele, por mais que ele a xingue,a chame de velha, bagaço, dizer quem tem náuseas quando a vê nua.
Neusa resiste, tenta se impor, mas o poder que ele tem sobre ela é mais forte e mais uma vez ela se vê sozinha, a espera de seu homem.

Existe, um questionamento simples na peça, mas que meche muito com o nosso pensamento sobre esse 'sub'mundo: 'Será que somos gente?' diz Neusa Sueli.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais, a vida é que toma rumos diferentes. Mas todo o preconceito com esse universo, acaba que nós, mesmo inconscientemente nos dirigimos a eles, como tratamos um cachorro de rua, sem qualquer consideração ou respeito.




that's it.

2 comentários:

holly disse...

ai que tristeza!
é brabo ver como as pessoas realmente são tratadas...isso até hoje em dia né!
e o pior...que a gente num pode fazer nada!

Mandy disse...

but that's okay..